Abrigo Nossa Casa
Local:
Blumenau, SC
Status:
Entregue
Ano:
2024
metragem quadrada:
premiações:
Architecture Hunter Awards 2025
Fotos:
Fábio Jr. Severo

Abrigo Nossa Casa – Um Espaço de Esperança e Transformação

O Abrigo Nossa Casa nasceu do desejo coletivo de transformar o cuidado em arquitetura e a arquitetura em um gesto de cuidado. Em um cenário em que a infraestrutura social muitas vezes falha, ele demonstra que a mudança pode surgir de dentro: quando a comunidade decide agir. O projeto uniu poder público, iniciativa privada e sociedade civil em uma rede inédita de solidariedade, mostrando que a arquitetura pode não apenas abrigar, mas também regenerar, inspirar e curar.

A iniciativa nasceu de uma estrutura antiga e precária, em que crianças dividiam camas, roupas e banheiros, com pouco senso de individualidade e pertencimento. Em vez de esperar por uma reforma governamental, a Alencar Futuros Possíveis liderou um movimento colaborativo que mobilizou mais de 90 empresas, membros da comunidade e o município em um modelo de financiamento regenerativo. Cada participante contribuiu com materiais, recursos, projeto ou mão de obra, somando mais de R$3 milhões em valor compartilhado.

O projeto é a materialização de um novo modelo de futuro: um espaço em que o acolhimento se torna estrutura e onde a beleza é entendida como forma de dignidade, viabilizado pela união de pessoas e empresas que acreditaram no poder da cooperação. Cada ambiente foi pensado para devolver às crianças e adolescentes algo essencial: o sentimento de pertencimento e a possibilidade de sonhar novamente. Esse modelo coletivo contornou a estagnação burocrática e criou uma nova forma de cogovernança público-privada — um sistema aberto, capaz de ser replicado em outros municípios.

O Abrigo Nossa Casa é um sistema vivo de solidariedade, que conecta dimensões sociais, financeiras e arquitetônicas em um mesmo ecossistema. Ele mostra que é possível gerar mudança a partir de dentro — não por oposição, mas por transformação. O projeto redefine a arquitetura não como um objeto estático, mas como um processo contínuo de reparo, em que a empatia e a colaboração tornam-se estrutura.

Assista ao vídeo do projeto:

https://www.youtube.com/watch?v=HK6W-0O2R8Q

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